Wednesday, October 22, 2008

A briga

Esperamos ansiosamente pelo vídeo com a polêmica 'briga' de Nizan Guanaes e Fábio Fernandes. O interesse cresceu ainda mais depois da carta do Fábio com incontáveis adjetivos sobre Nizan e seu modelo de agência (entende-se por adjetivos, palavrões qualificados, até porque, imaginando Fábio escrevendo, senti que a qualquer momento leria um "filha da puta" que ele poderia ter esquecido de apagar)
Demorou mas encontramos. Editado, é verdade. Mas já dá para ter uma idéia do que aconteceu no MaxiMídia dia 9 de outubro de 2008.
Fernandes com as idéias, Nizan com os negócios.
Pena que Fernandes não discursou tão bem quanto na carta.

Trechos da carta de Fernandes para seus funcionários - que vazou na mesma hora, claro.

(...)tenho diferenças profundas sobre o que é e o que deve ser (...) uma agencia de propaganda, em relação ao dito personagem - pra mim, uma caricatura de ser-humano, dublê de político populista e novo-rico deslumbrado, comediante de frases de efeito repetidas à exaustão, arremedo de empresário anti-ético e criativo anti-estético.
Nunca escondi - nem dele - que o acho vil, pernicioso à nossa indústria, predador, oportunista, aproveitador, manipulador.
(...)com tino e capacidade de observação, o levaria a ter seu próprio negócio, onde ele reproduziria (...) os piores modelos, os piores ambientes internos, piores lugares comuns (...) desde que isso implicasse em fazê-lo mais forte, mais rico, mais poderoso.
Nizan é um caso típico de uma pessoa que quanto mais tem mais quer. E que quanto mais quer menos mede esforços e as consequencias nefastas dos atos que ele pratica para ter mais. (...) ele se transformou em uma celebridade da propaganda. Os incautos, os bobos da corte, os novatos, os leigos, os incultos, clientes inclusive, publicitários inclusive, imprensa, principalmente, inclusive, o acham o máximo.
Nizan não sabe mais quem ele é. Ele é publicitário mas quer fingir que é analista econômico. (...) É um demagogo. Ele sabe bem que o discurso do tradicionalismo, do conservadorismo, da mediocridade, da pasteurização, agrada em cheio a uma imensa gama de bundões de plantão que preferem demitir do que investir.
(...) O modelo de negócio dele desmoronou. A festa acabou para quem não passava de vendedor de um montão de espaço na mídia e começou para quem tem o Que e o Como dizer nesse espaço, que será inevitavelmente menor. E isso ele não sabe fazer.
(...) Naquele mesmo dia à tarde o Nizan me telefonou aqui na agencia. Como eu não o atendi, deixou, literalmente, o seguinte recado: "Diga ao Fábio que ele é viado, frouxo, que ele me bate em público mas se ele for homem que telefone para mim!" Disse também, em um jantar com pessoas que me conhecem que "Eu só não bati em Fábio Fernandes porque ele estava
maquiado - e eu não bato em homem maquiado" (...) Fico feliz de não me maquiar, mas não teria problema nenhum em admití-lo.

(...) O rei está nu. E eu sei que ele não é de nada.

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